François Marie Gabriel Delanne nasceu em Paris, no dia 23/3/1857, ano de lançamento de "O Livro dos Espíritos". Seu pai, Alexandre Delanne, muito amigo de Allan Kardec, era espírita e sua mãe, Marie Alexandrine Didelot, era médium e contribuiu na codificação do Espiritismo. Gabriel foi engenheiro e dedicou-se ao Espiritismo Científico, tendo buscado sua consolidação como uma Ciência estabelecida e complementar às demais. Fundou a União Espírita Francesa, a revista "O Espiritismo", além de ter publicado vários livros. Desencarnou no dia 15/2/1926, aos 69 anos.
Semana 136
Abandonamos os maus hábitos ou eles nos controlarão
Arnaldo Divo Rodrigues de
Camargo
Desconfie
das convenções sociais. Assuma a sua própria maneira de pensar. Desperte do
entorpecimento causado pelos hábitos adotados sem reflexão.
Epicteto
(filósofo grego, que pertenceu à escola filosófica estoica)
Um dos
hábitos mais arraigados dos povos é o consumo de álcool. Hoje tido como uma
fonte de prazer e lazer.
Algumas
pessoas até se baseiam no Evangelho de Jesus, alegando que o primeiro milagre
foi a transformação da água em vinho para satisfazer os convidados numa festa
de núpcias, depois que já tinham esvaziado o estoque e queriam mais. E o
encarregado da festa chamou o noivo e disse: "Todos servem primeiro o
melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior
é servido; mas você guardou o melhor até agora".
Muitos ainda hoje dizem que Jesus é a
prova de que não há o impossível para Deus. O nosso Deus é maravilhoso e faz
muito além do que podemos imaginar! Desacreditam do poder do Mestre, que andou
sobre as águas, que se transfigurou junto aos profetas Moisés e Elias, e ainda
dizem ser ele o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Nos casamentos modernos também tem uma
taça de vinho ou, mais chique ainda, de champanhe, e nas cerimônias de
casamento, os noivos tomam três goles cada um, da mesma taça, simbolizando o
Pai, o Filho e o Espírito Santo.
É necessário vencer as tradições e os
hábitos que se tornam carrascos da alma, e para tanto basta visitar um hospital
psiquiátrico, clínicas ou comunidades de recuperação de álcool ou uma cadeia
para ver o resultado de que o álcool leva à insanidade. A bebida é responsável
por mais de 300 mil mortes todos os anos. A OPAS (Organização Pan-Americana da
Saúde, que trabalha com os países das Américas para melhorar a saúde e a
qualidade de vida de suas populações; fundada em 1902, é a organização
internacional de saúde pública mais antiga do mundo) pede aos países das
Américas que limitem o horário para venda de álcool, proíbam publicidade de
bebidas alcoólicas e aumentem os impostos sobre esses produtos para tentar
conter o mal que causa na saúde e os danos para o poder público e familiar.
É costume das famílias que bebem
oferecer um golinho à criança, sem imaginar o que o álcool pode causar nos
jovens. O início precoce do consumo aumenta o risco da dependência, de lesões
corporais, envolvimento em acidentes com veículos. Eleva também a
vulnerabilidade a riscos, como gravidez indesejada e doenças sexualmente
transmissíveis. As estatísticas demonstram que mulheres e meninas, como sempre,
são as principais vítimas. As pesquisas demonstram que, passados nove meses
depois do carnaval, aumenta o número de nascimento de crianças.
Quanto mais tarde for a iniciação no
consumo de álcool, menos danoso pode ser para os adolescentes, pois a ciência
explica que seu consumo compromete o sistema nervoso central (SNC) ainda em
desenvolvimento. As vias neuronais podem se tornar mais suscetíveis aos danos
causados pelo álcool, podendo comprometer várias funções.
Muitas doenças são causadas pelo
alcoolismo, entre elas: hepatite alcoólica, cirrose, gastrite, doenças
emocionais e comprometimento do cérebro. Muitas outras enfermidades o uso
produz, seja na Terra, no corpo físico, ou no Além.
O instrutor Gúbio, que orienta o médico
espiritual André Luiz em sua residência na vida pós-morte, afirma: “Cada mente
vive na companhia que elege. Semelhante princípio prevalece para quem respira
no corpo denso ou fora dele”. (1)
Arnaldo Divo Rodrigues de
Camargo, diretor da Editora EME
1) Gúbio/André Luiz (Chico Xavier) – Libertação – FEB.