GABRIEL DELANNE

Semana 173

Jesus, Sócrates e a verdade

A verdade, para ser totalmente compreendida, precisa ser tratada
entre corações da mesma idade espiritual.

Emmanuel (Chico Xavier) – 50 anos depois – FEB

Jesus é o filho de Deus que recebeu a missão da fundação do planeta Terra e de sua segurança, administrando com seus iguais o ingresso das almas para estagiarem neste solo e escola abençoada para todos que nela nos encontramos “matriculados” desde milênios, sob a custódia do Pai.

João, o discípulo que tinha boa autoestima, pois afirmava “descansar no ombro do Mestre”, era médium e recebia inspiração para escrever seu Evangelho. Assim redigiu: “Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (João 1:2-4).

Em outra mensagem informou que “Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João” (João 1:6); Jesus, conhecendo da vida no planeta e da vida dos Espíritos, esclareceu: “E eu vos digo que, entre os nascidos de mulher, não há maior profeta do que João, o Batista; mas o menor no reino de Deus é maior do que ele” (Lucas 7:28).

Estou escrevendo isso para dizer que Jesus já era um Espírito luminar há mais de 4 bilhões e 500 milhões de anos (conforme a ciência afirma ser a idade da Terra). A lógica é que ele fez sua evolução em outros mundos, no Universo de Deus. O Nazareno afirma que tudo o que fez nós podemos fazer, pois viemos da mesma fonte, que é Deus, nosso Pai.

Mais um exemplo para informar que os espíritos que aqui reencarnaram em missão estavam em consonância com sua deliberação, quando diz categórico: “Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8:58).

Muitas coisas podem ser desconhecidas, e estamos aqui para abrir a mente, como se usa o recurso de se abrir o paraquedas ao saltar do avião. Muitas coisas não podem ser escondidas, como o sol, a lua e a verdade.

Sócrates, um enviado do Cristo para ser também um precursor do cristianismo e do espiritismo, estava convicto de sua verdade de que somos seres imortais, que existe uma lei que nos regula o destino, que aquilo que fizermos ao próximo tornaremos a provar, que existe comunicação com os espíritos, e que a reencarnação é uma das leis sábias de Deus.

Sócrates não concordou em fugir para escapar de sua condenação, proposta de seus discípulos, e aceitou beber a cicuta como quem cumpre uma sentença, convicto de suas verdades, que mais adiante seriam reverenciadas.

Jesus, diante de Pôncio Pilatos, governador romano da província da Judeia, indagado sobre o que seria a verdade, manteve-se calado, ensinando que o silêncio é uma força interior e que a verdade tem voz por si mesma, e o tempo revela quem somos, como o negativo da fotografia mostra nossa face.

Jesus, que não envelheceu, ao calar-se e aceitar a morte ensinou-nos que em nossa caminhada até o silêncio pode espalhar nossa convicção e fé.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo, diretor da Gráfica e Editora EME