GABRIEL DELANNE

Semana 214

Martha Triandafelides Capelotto

Ainda hoje, apesar de todo o avanço da ciência médica no sentido de amenizar os males provocados pelas doenças que desafiam as criaturas, o homem não logrou alcançar o equacionamento dos problemas vivenciados, que desafiam a inteligência de cientistas e sábios do mundo.

O que se propõe neste singelo texto é apresentar, à luz da Doutrina Espírita, que a chave para se resolver os problemas da vida humana não se encontra fora de nós, tampouco restrita à análise fria da matéria, sujeita a uma sentença de uma ciência cega e transitória, ou à palavra de algum gênio ou filósofo que expõe o homem ao materialismo arcaico. Infelizmente, para muitos, os valores imortais são tratados como questões místicas, impedindo assim, que novos paradigmas possam ser utilizados pela medicina terrena.

Os conceitos espiritistas, aliados ao conhecimento da realidade supra dimensional do ser humano, com seus corpos energéticos, trazem respostas aos questionamentos atuais do homem. Somente a conscientização da realidade espiritual poderá abrir novos campos de pesquisa para aqueles que se propõem devassar as fronteiras da matéria e integrar-se à realidade imortalista da vida.

Desse modo, sem desprezo algum por tudo o que os cientistas trabalham arduamente para encontrar soluções para os problemas humanos, principalmente no campo médico, poder-se-ia ampliar os horizontes da ciência com pesquisas que, sem guardar a pretensão de oferecer a última palavra, delinearia uma nova perspectiva, um novo campo de trabalho e estudo: a fisiologia integral do ser, ou seja, corpo, mente e espírito.

Neste mesmo espaço, tivemos a oportunidade de discorrer um pouco sobre o psicossoma, ou corpo espiritual, ou ainda, como nós espíritas mencionamos, o perispírito, como sendo a chave para a compreensão do que acima estamos nos reportando. O homem não é apenas um agregado de células, músculos e nervos, que, em verdade, constituem o veículo fisiológico, não, o ser humano, ou todo organismo vivo, mobiliza e metaboliza uma variedade de energias dentro da faixa eletromagnética e astral. Dessa forma, suas emoções, seus sentimentos e pensamentos impregnam o seu próprio meio, como a si mesmo, do reflexo de suas tendências e criações subjetivas, de vibrações cuja frequência e irradiação se espalham em torno de si. A realidade desse sistema magnetoetérico já vem sendo pesquisado por muitos desbravadores das potencialidades da mente, assim como já fartamente descritos e pesquisados através dos séculos por espiritualistas e sábios.

Assim, todos os pensamentos, ações, emoções, intenções, angústias, fobias e alegrias representam energias que gravitam em torno do psiquismo humano, e, em razão da inferioridade relativa do ser humano, as de teor vibracional negativo são em maior quantidade, promovendo um bloqueio energético que se fará notar, na periferia física, como enfermidade ou estados patológicos catalogados como doenças. 

Também é de se mencionar que, embora invisível para grande parte dos encarnados, a conexão entre o corpo físico e as forças psíquicas do espírito detém a chave para os progressos que se possam efetuar na área da saúde do ser humano.

Como bem preleciona o espírito de Joseph Gleber, no livro que me inspirou para o título do texto, “...A saúde, a enfermidade ou a doença apresentam-se não apenas como estados detectados e enumerados pela nomenclatura da medicina convencional, mas ampliam-se, no conceito, com o conhecimento dos mecanismos e das funções do perispírito - o corpo semimaterial, veículo de expressão da consciência -, quanto do duplo etérico e da realidade multidimensional do homem, abrangendo assim todo um sistema energético e moral em que o ser pensante se encontra engendrado, por imposição da própria evolução anímica.”