Logo
Logo

ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA ESPÍRITA

GABRIEL DELANNE

François Marie Gabriel Delanne nasceu em Paris, no dia 23/3/1857, ano de lançamento de "O Livro dos Espíritos". Seu pai, Alexandre Delanne, muito amigo de Allan Kardec, era espírita e sua mãe, Marie Alexandrine Didelot, era médium e contribuiu na codificação do Espiritismo. Gabriel foi engenheiro e dedicou-se ao Espiritismo Científico, tendo buscado sua consolidação como uma Ciência estabelecida e complementar às demais. Fundou a União Espírita Francesa, a revista "O Espiritismo", além de ter publicado vários livros. Desencarnou no dia 15/2/1926, aos 69 anos.

Semana 96


A missão de Santos Dumont

 

Laurete  Godoy

 

 

A MISSÃO DE SANTOS DUMONT

Sílvio Brito Soares

Jornal O Reformador – dezembro de 1951.

 

Étienne (Estevão) Montgolfier, desencarnado em 1799, e seu irmão, foram os famosos irmãos franceses que inventaram os aeróstatos chamados montgolfières e promoveram, em novembro de 1783, o primeiro voo de balão tripulado. O médium Ernesto Castro, no dia 30 de julho de 1876, na cidade de Silveiras – RJ, recebeu uma mensagem do espírito Estevão Montgolfier. A notável comunicação foi transmitida quando Santos-Dumont estava com 3 anos de idade, visto que ele nasceu em 20 de julho de 1873.

 

A Psicografia de Ernesto Castro:          

 

           Vencer o espaço com a velocidade de uma bala de artilharia, em um motor que sirva para conduzir o homem, eis o grande problema que será resolvido dentro de pouco tempo. Essa máquina poderosa de condução, não há de ser uma utopia, não! O Missionário, que traz esse aperfeiçoamento à Terra, já se acha entre vós. O progresso da viação aérea, que tantos prosélitos tem achado e tantas vítimas há feito, não está, portanto, longe de realizar-se.

             O aperfeiçoamento de qualquer ciência depende do tempo e do estado da Humanidade para recebê-lo. A locomotiva, esse gigante que avassala os desertos e vence as distâncias, será um insignificante invento ante o pássaro colossal, que, qual condor dos Andes, percorrerá o espaço, conduzindo em suas soberbas asas os homens de vários continentes.

             Os balões, meros exploradores e precursores da admirável invenção, nada, pois, serão perante o belo e portentoso pássaro mecânico. Esse Deus de bondade e de misericórdia, que nada concede antes da hora marcada, deixa primeiramente que seus filhos trabalhem, em procura da sabedoria, e depois que eles se têm esforçado em descobrir a verdade, ai então Ele lhes envia um raio de sua divina luz.

                Já veem, ó mortais, que a navegação aérea não será um sonho, não; mas sim uma brilhante realidade.

                O tempo, que já vem próximo, vos dará o conhecimento desse estupendo motor.

            Brasil, tu que foste o berço dessa grande descoberta*, serás em breve o país escolhido para demonstrar a força dessa grandiosa máquina aérea. Eis o prognóstico que vos dou, ó brasileiros.

 

Estevam Montgolfier

 

*Essa menção foi feita, porque o brasileiro Bartolomeu Lourenço de Gusmão é considerado o inventor do Balão, graças à primeira experiência pública bem sucedida, de um aparelho mais leve que o ar, feita por ele, e que foi realizada na Sala das Embaixadas do Palácio Real de Lisboa, no dia 8 de agosto de 1709.

 

A Psicografia Carmen Palmieri.

Mensagem recebida pela médium Carmen Beatriz H. Palmieri, no CEIFA – Centro Espírita Irmão Francisco de Assis, cidade de Santos Dumont, Minas Gerais, em 17 de julho de 2003, ano do 130º aniversário de nascimento de Alberto Santos-Dumont.

 

 

            Seu sonho: voar!

            Vencer os horizontes e conquistar os ares.

            Menino ainda, seu olhar perdia-se no infinito a busca do grande sonho.

            Quem o fitasse, não alcançaria seus objetivos.

            Por todos era tido como ausente ao mundo que lhe rodeava.

            Porém o que não sabiam, é que ele era o único presente junto ao Cosmos.

            E ele cresceu.

            Consigo seus sonhos que desenvolveram asas, até que finalmente plainaram no êxito da idéia concretizada.

            Porém, o que se não esperava, é que prosseguisse, como efetivamente prossegue, esse pássaro de incontida beleza e rara plumagem.

Persiste a rasgar os ares das conquistas tridimensionais.

Como em um vôo inédito, está a deixar seu rastro no firmamento científico, conquistando como outrora o que para todos era um delírio inconteste.

Breve assinará novas conquistas, e sem com que tal se preocupe, será mais uma vez consagrado como pai de novos marcos.

 Eis que aqui estamos, como sempre o fazemos, a prestigiar a lembrança desse berço bendito, que o abrigou e por ele foi escolhido, como o local que lhe proporcionaria as condições ideais de ligação com o fito para o qual viera à Terra, para então sair sem hesitação a busca do conhecimento necessário, que o mundo lá fora o proporcionaria e que finalmente concretizaria sua missão.

Ave, nosso amado Pai da Aviação.

Deus permaneça abençoando-o, para que prossiga sempre vibrante no seu mister inigualável de desbravador do Cosmo.

O sempre fiel admirador

 

Joseph

(17.07.2003)

 

Observação: Eu estava na cidade de Santos Dumont, quando a Carmen recebeu essa mensagem. Profundamente surpresa e emocionada, ela me perguntou se, por acaso, eu sabia se Santos-Dumont tinha algum amigo chamado Joseph. Eu disse que não sabia, mas iria procurar descobrir. Posteriormente, ao pesquisar, tomei conhecimento que se chamava Joseph o irmão de Estevam Montgolfier, espírito que transmitiu a mensagem de 1876.  Entendi, então, que o espírito que se comunicou por meio da Carmen em 2003 poderia ser...

 

Provavelmente, Joseph Montgolfier.

Apenas uma suposição, em ritmo de quase certeza.